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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016


















A PLÁCIDA FACE ANÔNIMA DE UM MORTO

A plácida face anônima de um morto.
Assim os antigos marinheiros portugueses,
Que temeram, seguindo contudo, o mar grande do Fim,
Viram, afinal, não monstros nem grandes abismos,
Mas praias maravilhosas e estrelas por ver ainda.  
O que é que os taipais do mundo escondem nas montras de Deus?

Álvaro de Campos

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