POETAS NO RECIFE
O poeta atravessa
a ponte
qual um cão atravessa
a fome,
farejando as pedras,
inventa babilônias
com ruas de poemas
e jardins suspensos
contra a tísica das horas.
E ninguém vê.
Ramos Sobrinho
Belo poema. Desnuda assim o ser humano, o cão e a vida.
ResponderExcluirVerônica