Tantas vezes a fadiga se desmancha
na mão que faz aurora e faz orvalho
e fez a vida fez o homem e faz verdade.
Tantas vezes a aurora se levanta
expondo as manhãs como crianças
nas peripécias sutis da claridade.
Tantas vezes a vida se acorda
e se joga a fazer a coisa feita
que para colhê-la ao homem bastaria
lançar o coração feito uma rede
a diluir entre nós essa parede
de indiferença erguida a cada dia.
Mas se os dias se vestem destes fatos
dada a colheita de frutos imediatos
tracemos novos rumos sem segredos
que a partir dum crepúsculo universal
igualitários na posse dos brinquedos
sejamos crianças em Noite de Natal.
Brasília, 1986
Boa noite Carlos Maia,
ResponderExcluirsou Mariah e amo de paixão as poesias de Cyl Gallindo e qualquer oportunidade que tenho faço questão de recitá-las. Fomos amigos e companheiros de idas e vindas das reuniões literárias e saraus durante anos.
Uma pessoa maravilhosa que deixou saudades.
Parabéns pelo seu blog.
Felicidades,
Mariah Santos