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domingo, 9 de fevereiro de 2014



















PALAVRAS

Golpes
De machado na madeira,
E os ecos!
Ecos que partem
A galope.
A seiva
Jorra como pranto, como
Água lutando
Para repor seu espelho
Sobre a rocha
Que cai e rola,
Crânio branco
Comido pelas ervas.
Anos depois, na estrada,
Encontro
Essas palavras secas e sem rédeas,
Bater de cascos incansáveis.
Enquanto do fundo do poço, estrelas fixas
Decidem uma vida.

Sylvia Plath

(tradução de Ana Cristina César)

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