O PODER DOS BRINQUEDOS
Quantas vezes os brinquedos que criamos
Se libertam de nós e nos comandam
Sem supormos estar em seu poder?
Quantas vezes os brinquedos são mais que brinquedos
Em sua estranha vida, a ensinar-nos surpresas
Como a de uma linguagem
De poesia, em que tudo é puro sonho,
Ou de terror, quando seus monstros investem
Contra o puro sonho que nos salva?
Como banhar-nos nas avenidas do dia,
Se impelidos para amanhãs não suspeitados
Somos flechas sem destino, somos títeres
Da própria farsa que engendramos
Para nos livrar do silêncio das coisas
E o domínio alcançar da árvore da ciência
Do bem como do mal?
E tudo ao custo do esquecimento
Da árvore da vida! Pobre árvore da vida,
Que não serás mais verde nem eterna!
Ângelo Monteiro
Se libertam de nós e nos comandam
Sem supormos estar em seu poder?
Quantas vezes os brinquedos são mais que brinquedos
Em sua estranha vida, a ensinar-nos surpresas
Como a de uma linguagem
De poesia, em que tudo é puro sonho,
Ou de terror, quando seus monstros investem
Contra o puro sonho que nos salva?
Como banhar-nos nas avenidas do dia,
Se impelidos para amanhãs não suspeitados
Somos flechas sem destino, somos títeres
Da própria farsa que engendramos
Para nos livrar do silêncio das coisas
E o domínio alcançar da árvore da ciência
Do bem como do mal?
E tudo ao custo do esquecimento
Da árvore da vida! Pobre árvore da vida,
Que não serás mais verde nem eterna!
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