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terça-feira, 18 de novembro de 2014



























EXÉQUIAS
Eu não sabia
que amar doía.
Até que senti
aquele infame
buraco a cavar-se
em minhas entranhas.
Então,
maldisse o amor
e joguei por cima dele
a terra
que o sufocou.
A raiz enterrada
cova profunda...
Fecunda terra
que o acolheu!
Ele, o amor,
era único
e totalmente meu.
Quem me mandou plantar?
Assim,
planta rara que é
dentro de mim
está sempre a brotar!
Lígia Beltrão
Foto: Google

Um comentário:

  1. Obrigada pelo carinho de postar um poema da minha autoria. Vi agora, o que deixou-me feliz e lisonjeada. Abraço!

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