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sexta-feira, 12 de agosto de 2016


















Havia noites em que
porta ficava aberta,
E podíamos vislumbrar
Na penumbra
cidade mergulhada na neblina.
Havia noites em que
porta aberta
Saíamos na chuva
Pelas ladeiras de Olinda.
Havia noites
Em que a tristeza
Era uma mera
Lembrança,
Perdida
Nos confins da infância,
Entre mangueiras
atiradeiras.
Havia noites
Em que pairava
Como uma gaivota
A eternidade do momento.

Carlos Maia

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