Havia noites em que
A porta ficava aberta ,
E podíamos vislumbrar
Na penumbra
A cidade mergulhada na neblina .
Havia noites em que
A porta aberta
Saíamos na chuva
Pelas ladeiras de Olinda.
Havia noites
Perdida
E atiradeiras .
Havia noites
Como uma gaivota
A eternidade do momento.
Carlos Maia
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