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quarta-feira, 15 de julho de 2015


















RECONHECE A MÁSCARA
Reconhece a máscara
ao fundir sua boca
na obscuridade
sem palavras
que o ser não tem a casa
mas somente o rosto
essa memória do fastio,
das pegadas, às vezes,
de um vento de ironia
de algum beijo
de algum verão que aconteceu tão tarde
murmurando sua historia entre as árvores.
Porém essa boca
na dor se desgasta
de lugar em lugar
procurando o local
para a casa perfeita.
A maldição é vasta:
também se sabe
condenada à busca.


Esteban Cabañas

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