Translate

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Casa Vazia - Alberto da Cunha Melo




Poema nenhum, nunca mais
Será um acontecimento:
Escrevemos cada vez mais
Para um mundo cada vez menos,

para esse público de ermos,
composto apenas de nós mesmos,

uns joões batistas a pregar
para as dobras de suas túnicas,
seu deserto particular;

ou cães latindo, noite e dia,
dentro de uma casa vazia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário