o que me acorda
no meio da noite
são as asas do vento
que roubam do meu armário
as fotos de onde morei
as estrelas que dormiam pelo chão
e os dilúvios que passavam sobre os seus caminhos
e era como uma rua
que não via seus vultos nem rosas
passeando pela calçada
assim como quem vai a praça
e não lembra de olhar os olhos das crianças
e os seus amigos
sem perfumes e mulheres
já não guardam os seus quintais
sombras de cadeiras
varal com roupa dos vizinhos
e o adormecer das cobras e os seus pés errantes
e a brisa que vem do mar
acumula pelos tapumes e telhas
sua memória
ri do rio e suas métricas
como um lagarto que voa sem sua sombra e paz
e o vento
que da janela de um trem
invade lençois e colchões
cemitérios e cisternas
pede um pouco d’água
como promessa de quem já se esqueceu de sonhar.
no meio da noite
são as asas do vento
que roubam do meu armário
as fotos de onde morei
as estrelas que dormiam pelo chão
e os dilúvios que passavam sobre os seus caminhos
e era como uma rua
que não via seus vultos nem rosas
passeando pela calçada
assim como quem vai a praça
e não lembra de olhar os olhos das crianças
e os seus amigos
sem perfumes e mulheres
já não guardam os seus quintais
sombras de cadeiras
varal com roupa dos vizinhos
e o adormecer das cobras e os seus pés errantes
e a brisa que vem do mar
acumula pelos tapumes e telhas
sua memória
ri do rio e suas métricas
como um lagarto que voa sem sua sombra e paz
e o vento
que da janela de um trem
invade lençois e colchões
cemitérios e cisternas
pede um pouco d’água
como promessa de quem já se esqueceu de sonhar.
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