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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Poema da Aurora - Lena Maria.




Laços de sangue...
Parentesco? Assim somos todos,
embora quase sempre inconscientes disso...
Te sinto ao longe
Nesse espaço
mas sinto de perto tuas angustias
de buscador da alma
que se refugia na poesia
como alimento de resistência
sedento de amor
de explicação
sentindo o vazio da existência
mas se enebriando na dor
como fonte única de sentir-se vivo!
A aurora da humanidade já lança seus sinais
seus raios multicoloridos já permitem
a visão do desmanchar das sombras
em doces esperanças de reconciliação
do ser individual com o Todo
do esquecimento para a lembrança
de quem realmente somos
somos Um na melodia harmônica da existência
a Perfeição está em todo o universo...
toda a dor
é apenas a sombra da pintura
que faz emergir as formas no contraste
A luz se enchergando luz
a partir de suas sombras...
eu sei, é doloroso...
A dor dói muito...
Mas sai um pouco da tua paixão de poeta
e vislumbra a harmonia da criação
reparaste em quanto Amor ?
Aliás, é essa a nossa matéria prima: Amor
Somos centelhas do Amor
o artista supremo marcou assim toda a Sua obra
e se ainda não compreendemos a obra
é porque ainda não "lembramos" do futuro
Futuro?
que espaço de tempo estamos?
Espaço/tempo?
limitações que aceitamos
para realizar este experimento cósmico.
Não tenhas medo de largar a dor
mesmo que isso pareça te lançar no vazio
lança com fé
na prece silenciosa do teu coração
a certeza de levar tua poesia
da escuridão da noite
para aurora da celebração
e sentirás o colo que tanto esperas
no teu próprio colo ofertado
e teu coração em arritmia
entrará no compasso do fluxo divino.

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