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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
















O grande trabalho é do amor
sem bronzes, sem assinaturas,
no ar do espaço, na hora do tempo,
pólen de Deus nas criaturas,

a palavra quase sem eco
a injetar humos no deserto,
mãos de franciscos, de terezas,

que repartem, ocultamente,
suas migalhas sob as mesas,

ou energia sem fronteiras,
que acende todas as estrelas.


ALBERTO DA CUNHA MELO
No livro “Meditação sob os lajedos”. EDUFRN, 2002.
(Poema dedicado ao ergonomista Noberto Loureiro.
Imagem: arte de Cláudia Cordeiro)


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