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sexta-feira, 25 de março de 2016





















CANTO DOS EMIGRANTES

Com seus pássaros
ou a lembrança de seus pássaros,
com seus filhos             
ou a lembrança de seus filhos,
com seu povo
ou a lembrança de seu povo,
todos emigram.

De uma quadra a outra
do tempo,
de uma praia a outra
do Atlântico,
de uma serra a outra
das cordilheiras,
todos emigram.

Para o corpo de Berenice
ou o coração de Wall Street,
para o último templo
ou a primeira dose de tóxico, 
para dentro de si
ou para todos, para sempre
todos emigram.

Alberto da Cunha Melo

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