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terça-feira, 10 de novembro de 2015




























REFINO
tem nuvens que são amigas das árvores
passeiam pelos seus bosques como se fossem uma réstia de esperança e paz
ao entardecer os bichos que pela margem respiram
procuram encontrar o cheiro da floresta
tentando simplesmente viver
mas é pelo outro lado do mundo
que o tempo se aquece e precisa de calor
igual a quem procura pelo seus sonhos e encontra
fluido é o que o cerrado guarda
como protetor dos nossos olhos
e paisagens
perto da folha que espalha sombra e brisa
assim é o vento que pelos lagos veleja
saudando uma nova manhã
ao recolher sementes e o chamado do que é sagrado e imortal
como uma chuva que chega
trazendo pelos seus ombros
a leve e preciosa estação das flores
aldeia das serpentes dóceis, tão ímãs
como um descanso de quem nunca
desaparecerá
rara fortuna da terra das pessoas que tecem o garimpo
do chão como uma planície
rodeada de estrelas e jasmins.
Cgurgel

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