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sexta-feira, 13 de novembro de 2015



















Tu não sabias de que lugar eu vinha
nem quem me enviava. As máquinas pareciam transbordar
sobre os campos, disseminando a noite
em plena marcha. E eu estava tão cansado quando me sentei
ao teu lado. Generosamente pousaste a tua mão.
Os dias por vir jaziam amordaçados
debaixo da terra, nada fazia prever as cartas
que te escreveria. Algumas levavam fotografias, eu a olhar
para ti no ar desfocado. Mas as notícias que te dava
em mau inglês eram omissas, nunca respondi às perguntas
que me fizeste. Acho que o desalento já estava deitado
na cama, a própria parede parecia
muito doente.

Rui Pires Cabral

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